Amazon vendendo plano de saúde? Veja previsões feitas na NRF 2019

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Amazon vai ser a maior seguradora de saúde do mundo.

Essa foi mais uma das principais previsões (ou provocações) de Scott Galloway, professor da NYU Stern School of Business, fundador da L2 e autor do best seller “The four”, durante a NRF 2019.

Ele é conhecido por fazer previsões (e acertar!) sobre grandes tendências de mercado, entre elas que a Amazon compraria a Wholefoods e se tornaria um player extremamente relevante em mídia.

Vamos às principais tendências que ele discutiu nesta edição da NRF:

Amazon como o principal player de saúde do mundo

Galloway se baseia em uma combinação de dados, como apenas o fato de um em cada seis americanos estar satisfeito com seus gastos com saúde.

Além disso, a expectativa de vida dos americanos está caindo pelo segundo ano seguido e, em sua visão, a Amazon tem os dados dos principais marcadores de saúde de uma pessoa: o que come, que tipo de atividade física faz, seus gostos, hábitos etc, o que a colocaria em uma posição distinta neste segmento.

Ao final ele até brincou com uma simulação da Alexa oferecendo uma espécie de Amazon Prime focada na saúde.

O professor acredita que o consumidor compraria um plano de saúde de alguém que sabe tanto sobre sua vida.

Ainda dentro do segmento de saúde, ele acredita que uma forte tendência é a “varejização” da saúde, um movimento crescente no Brasil com empresas que promovem consultas médicas rápidas a um preço acessível.

Venda recorrente como motor de crescimento e fidelização

Galloway chama essa tendência de rundle (Recurring Bundles), como são conhecidos os pacotes de compras recorrentes nos EUA.

Na NRF, ele mostrou que empresas como Netflix, Spotify, Amazon, Playstation Plus estão crescendo acima de 30% com sua oferta de recorrência.

Ele sugere que os varejistas deveriam fazer parcerias que gerem valor e recorrência para o cliente. Exemplo: a Nike poderia lançar seu bundle em parceria com empresas de materiais esportivos, restaurantes com foco em comida saudável, organizadores de maratona etc.

Além disso, em tom de alerta (ou provocação), o professor mostrou que, entre 2009 e 2016, a Amazon havia lançado apenas 14 marcas próprias; já nos últimos dois anos, foram 66.

Scott também é um defensor de maior controle sobre empresas como Google e Facebook, que, em sua visão, possuem um monopólio nocivo para a economia e o consumidor.

Ele nos lembrou que, em 1998, a Microsoft sofreu uma ação do governo por supostamente dificultar a instalação do Netscape em detrimento ao seu próprio browser, o Internet Explorer.

Na sua visão, se esse tipo de punição não tivesse sido tomada, companhias como o Google, por exemplo, não chegariam a existir.

Por João Paulo Amadio, de Nova York. Fundador da DWBH (Don’t Worry Be Happy) empresa de consultoria e inteligência focada na evolução digital das empresas, João Paulo Amadio também é articulista do E-Commerce Brasil

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